quarta-feira, 6 de abril de 2011

Um presente especial

Sempre que voltavam de viagem, meus pais traziam um presente para mim e dessa vez não foi diferente.Voltavam de Nova Friburgo, quando minha mãe ligou para casa, pedindo para falar com o meu avô. Achei meio estranho, pois quando ela sai e liga, a primeira com quem fala sou eu ou minha avó. Assim que o carro apontou na rua, fiquei ansiosa, pois queria ver o que minha mãe havia trago para mim. Quando o carro parou, avistei uma criaturinha caramelo, que mais parecia uma bola de pelos, mas no entanto, era uma linda e pequenina cadelinha. Naquele momento, transbordei de felicidade, pois sempre fui apaixonada por animais, principalmente cachorros e nunca escondi isso de ninguém, porém, como moro no segundo andar, fica difícil criar esse animalzinho e, todos que havia tido até aquele dia, ficavam na casa de meus avós, mas meu avô sempre conseguia me driblar e dar os bichinhos. Como havia muito tempo que não tinha nenhum cachorro, fiquei um pouco com medo de pegar aquela cadelinha quietinha e indefesa no momento de sua chegada, então, enquanto minha mãe cuidava de por água e comida para ela, tratei de escolher um nome. Laila, Lilica, Jully, mas nenhum combinava com a bolinha de pelos, foi aí que minha mãe me sugeriu colocar um nome que tivesse a ver com a cor do animalzinho e eu pus Mel, já que essa era a cor dela. Nos primeiros dias, ela passava a maior parte do tempo chorando ou se escondendo pelos cantos e devido a isso, por um momento pensei que ter cachorro era algo chato. Eu jogava a bolinha e ela nada fazia, acariciava e nenhuma lambida recebia. Fiquei triste, pois por ser filha única, queria uma cachorrinha companheira e não um ser que não “ligava” para mim. À medida que as semanas iam se passando, a Melzinha foi mudando, crescendo e adotando a nova família. E foi a partir daí que ela mudou comigo...Me lambia, pulava em minhas pernas, deitava ao meu lado, brincava com minhas meias, enfim, se mostrava sempre presente e retribuindo todo aquele carinho que eu adquiri por ela em pouco tempo. Com o crescimento e as mudanças da Mel, algo em mim também havia mudado, pois não conseguia mais viver sem minha bola de pelos. Ela passou a ser como uma irmã para mim, pois eu desabafava, chorava, brincava e passava a maior parte o tempo com ela. A Mel me fez descobrir que a frase “Animais são anjos disfarçados que vivem na terra para mostrar ao homem o que é fidelidade.", do livro Marley e Eu é a mais pura verdade, pois um cãozinho não se importa se você é rico ou probre, negro ou branco, apenas retribui o amor que recebe e com simples latidas parece dizer: “estou sempre com você”.

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